quarta-feira, 7 de maio de 2014

2 anos depois - desmentindo

Não é a Letras que me desanima e sim ver o meu fracasso em relação à ela.
Minha sensibilidade, criatividade e facilidade para escrever continuam dentro de mim, porém sem nenhuma perspectiva para se mostrarem ao mundo. Não há abertura em mim para que faça florescer qualquer coisa. O tédio e a indiferença não me deixam acessar nenhuma dessas qualidades.
Acho que ando pessimista demais. Novamente. Só sei escrever com fluidez quando me sinto um lixo. É quando começo a me isolar, porque eu sou a única pessoa que pode me confortar - as outras pessoas são uma mentira, porque me sinto momentaneamente feliz. Essa mentira existe porque na realidade estou triste, e comigo mesma posso ser triste à vontade, muito bem, obrigada. Com os outros não é forçado, mas assumo uma postura que não condiz com a realidade, então de que adianta?
Às vezes eu acredito que quando estou na aula de teatro eu estou feliz. Mesmo quando as coisas não dão certo e eu me sinto fracassada, eu estou feliz. Mesmo quando eu estou triste, lá eu estou feliz, por completo.
Mas tenho medo de ser só mais uma maneira de me enganar. E esse bem-estar e realização só existirem porque eu o idealizei como o meu espaço de adequação? Uma ideia que enterrei tão fixamente na cabeça e por isso eu acreditei ser a verdade? Não seria a primeira vez, fiz isso como jornalismo e me enganei durante um longo tempo.
Quero me sentir atuante desse mundo, mas preciso parar com  os idealismos, eles só me desviam da minha real e verdadeira subjetividade.


Não estou seriamente triste, só estou melancólica. Aquele espaço essencial que todo ser-humano precisa para se reestabilizar e se conhecer melhor. Me sinto mal por isso, puta dum sentimento burguês

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Aquele estranho momento em que...

...VOCÊ SENTE VONTADE DE TRABALHAR!

É, só pode ser bem esquisito isso vindo de mim, mas é verdade. Estou mergulhada em um tédio tão profundo que até arranjar um emprego já passou pela minha cabeça. E olha que até faço algumas coisas divertidas durante o dia, o problema é que o restante que não faço nada fico louca - e nem estou na TPM.

As férias estão no fim, estou triste por isso, mas acho que vai ser bom ocupar a cabeça de novo. Botei meu cérebro no congelador durante todos esses dias, o máximo que fiz foi dar uma lidinha em um livro ou outro, mas nada muito grandioso. Passo a maior parte do tempo lendo e compartilhando bobagem no facebook, mas como não acontece nada de significante na minha vida, não tenho mais assunto com ninguém no chat hahaha.

Aluguei 10 filmes de novo - Star Wars pra Dani finalmente assistir, Batman e dois de terror (bem trash). Ah, sem contar um de romance, que pensei que nem teria paciência pra ver, mas foi o primeiro que assisti - e ainda bem que o fiz. Tava crente de que era mais um drama demorado que as menininhas adoram se espelhar, mas não, é cheio de diálogos envolventes e o romance é tão subjetivo que dá a graça do filme. A pena é ele ser tão realista que faz a gente se identificar em vários momentos, já que costumamos perder tantas chances por medo de dizer a real para alguém. Enfim, antes que eu me esqueça, o filme se chama "Antes do por do sol", caso alguém se interesse.

FODA. Não tenho nem o que falar por aqui (e olha que só fiz um único post além desse). Isso que dá ter uma vida agitada e badalada, cheia de amores e altas emoções (só que não).

sexta-feira, 13 de julho de 2012


Percebi que há tempos venho perdendo o hábito de escrever. Pensei, pensei e descobri que só resolvia botar as palavras no papel (ou no caso, no word haha) quando sentia meu mundo (tá, não encontrei palavra melhor) abalado de alguma forma. Logo, era óbvio que só saiam reclamações, sofrimentos, mágoas e toda aquela patifaria que eu morria de vergonha de reler e publicar.

Mas ando me sentindo tão bem nos últimos meses que é difícil alguma coisa me abalar seriamente. Acho que percebi que sorrir é bem mais fácil do que viver rodeada de rancor e raiva. Isso tudo é muito clichê, mas a verdade é que procurava muitas respostas pra coisas que não precisam ser respondidas e criticava tanto quem não se libertava para a vida que acabava me esquecendo que eu também me sentia presa em meio de tantas crises existenciais.

Enfim, todo esse bla bla bla serve pra justificar a minha ausência no reino das palavras. Quero dizer, eu só me envolvia de opiniões quando me sentia mal, agora que isso não acontece mais acabei sentindo aquele vácuo sobre "o que escrever?". E esse foi o meu dilema de agora: "o que vou escrever pra começar o novo blog?". Fiquei pensando, pensando e resolvi escrever nada mais do que o que eu estava refletindo no momento: minha ausência na escrita.

É meio ridículo pensar que eu só escrevia quando algo me perturbava, afinal, poesias depressivas como as do Alvares de Azevedo me matam de tédio e eu estava seguindo a risca. É irônico quando a gente percebe que vários momentos bons passam em branco e as coisas ruins são todas gravadas em alguma parte da internet. Resolvi reverter esse costume, prefiro relembrar sempre dos meus dias alegres do que da época dark da minha vida.

Aliás, desviando um pouco (MUITO) o assunto, fiquei um bom tempo tentando escolher um nome pro blog. Abri um livro qualquer aqui e encontrei a palavra "devaneou". Fiz derivações (analogias) e cheguei em "Devanearia", que acho que soou bem legal. O livro que eu peguei é "A mão e a Luva" e na mesma página que encontrei o que resultou o nome do meu blog, li a frase que estou usando agora como título.


Enfim, bem vindos às páginas felizes da minha vida




PS: CARALHO, COMO ARRUMA ESSE ESPAÇAMENTO?